⚠️ Celular não estraga criança. Conteúdo sim.⚠️ Cuidado: seu aluno/a pode estar formando um cérebro podre.
Vivemos um tempo em que é fácil culpar a tecnologia por tudo. “A culpa é do celular”, dizem. “Meu filho só quer saber de tela”, reclamam. Mas será mesmo que o problema é o aparelho? Ou é o que ele carrega? O que as crianças estão assistindo?
Vamos direto ao ponto: o problema não é a tela, é o conteúdo.
Não é o YouTube ou o TikTok em si que estraga uma criança, mas o tipo de vídeo que ela assiste. Não é o jogo que destrói o cérebro, mas os valores que ele transmite — ou a ausência deles.
A tela pode ser uma janela ou um espelho.
Pode abrir caminhos para o conhecimento, a imaginação, a empatia.
Ou pode ser um esgoto silencioso, que despeja dia após dia um conteúdo podre na mente da criança, impedindo o desenvolvimento das cognições necessárias para o pensamento crítico — e a criança, junto com os pais, nem percebe.
Pais e mães, atenção: o cérebro está em formação. E, se não cuidarmos, ele apodrece. Literalmente.
Apodrece de vício, de agressividade, de estímulo raso e acelerado, de modelos distorcidos de felicidade, de erotização precoce, de violência disfarçada de humor.
A tecnologia não é inimiga.
A omissão é.
A ausência é.
A falta de diálogo é.
A falta de filtro é.
Pais sobrecarregados, crianças trancadas em casa, ruas perigosas, falta de espaços de lazer, e uma TV aberta sem programação infantil: tudo isso empurra os pequenos para as redes sociais.
Ali, passam horas consumindo vídeos sem qualquer conteúdo de raciocínio lógico, sem estímulos à reflexão. Recebem, em troca, uma linguagem superficial, repetitiva, que forma apenas conexões mentais simples e automáticas.
Você não precisa proibir a tela. Mas precisa estar presente, atento, orientando, escolhendo junto.
Pergunte o que seu filho ou filha anda assistindo. Assista junto. Questione. Apresente outras opções. Ensine a pensar, não só a consumir.
O cérebro de uma criança é um solo fértil. Vai germinar o que for plantado.
Mas o que for jogado ali sem cuidado também cria raiz.
Cuidado com o que alimenta a mente do seu filho.
Porque um cérebro podre não se cura apenas com carinho. Cura-se com presença, limites, e amor com responsabilidade.
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